Quase no final do livro há o capítulo OSTRACISMO e CLAUSTROFOBIA.
É engraçado reler o livro agora (dezembro, 2023) e perceber como a internet não é mais a mesma.
Citar Myspace e Orkut ficou tão 'cringe'.
É inevitável atualizar o livro.
Neste capítulo citado há um parágrafo que termina assim:
"... das carnvalescas A Coisa e Rollin' Chamas ..."
Depois do livro publicado percebi que rotular as bandas A Coisa e Rollin' Chamas de carnavalescas poderia ser ofensivo.
A menção ao carnaval deve-se a uma conversa que tive com Maurício Mota (o cara que fez a arte do livro). Mota foi guitarrista e vocalista da excelente Hang the Superstars, mas também participou da banda A Coisa.
Num papo descontraído durante o período em que planejávamos o livro perguntei a Mota o por que de ele ter acabado com a banda Hang the Superstars.
Mota respondeu que pra ele, pessoalmente, a única banda de rock 'n' roll de verdade era A Coisa que, assim como The Cramps, fazia um CARNAVAL no palco. Uma festa. E que rock'n'roll é isso: festa, alegria, descontração e muita farra.
Na minha cabeça a banda Rollin' Chamas é uma espécie de A Coisa só que aperfeiçoada. Nos shows do Rollin' Chamas também há o clima de FESTA e tudo é bem descontraído, então coloquei as duas bandas em um só saco e as defini vagamente como CARNAVALESCAS.
Os egos de músicos de rock são Godzillas e quando se escreve um livro é preciso um certo tato para não ofender as personagens.
Enquanto finalizava aquele parágrafo eu visualizava The Cramps, mas no texto pode-se evocar uma imagem de fanfarra tocando 'Olha a cabeleira do Zezé..." o que não foi de maneira alguma minha intenção.
Como estamos caminhando em direção a 2ª edição isso é algo que irá mudar. O carnavalescas vai desaparecer e a menção aos Cramps terá lugar.